terça-feira, 10 de julho de 2012

Toda Dor


Não sei o que me tornei a sua visão,
Só sei que não sou uma lixeira para você despejar todo esse lixo tóxico em mim,
Toda a sua dor, frustração, sofrimento e ódio,
Não tenho culpa se já te feriram,
Não tenho culpa se já te usaram,
Não tenho culpa que você tropeça a cada passo que dá,
Eu não tenho culpa por todo sofrimento que já passou,
Mas não desconte sua frustração em mim.
Eu sou o culpado,
Culpado por suportar sua energia negativa,
E mesmo assim permanecer ao teu lado,
Não olhe para mim como se eu fosse te fazer sangrar novamente,
Eu não sou assim,
Não vou me tornar uma daquelas pessoas que te feriram,
Pois você...
Você já se tornou todas elas,
E agora arranjou um saco de pancadas,
No qual socará tudo aquilo que lhe feriu,
Mas sinto muito,
Não vou ficar por muito tempo,
Na primeira tomada de coragem,
Deixo a você o meu adeus.

Daniel Barbosa Borges

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